Não
é só cansaço
É
o aço frio da rotina
Rasgando
a retina
Cansando
a alma.
É
o golpe da saudade
Certeiro
Ponteiro
de relógio
Que
não se move
É
essa cidade que só chove
E
esse processo que não anda
Não
é só cansaço
É
esse desencontro
E
esse canto onde não estou
É
o que resta do que acabou
Não
é só cansaço
É
preguiça
A
chave que enguiça
É
a graça sem graça
Do
palhaço na TV
Não,
juro que não
Não
é só cansaço
É
esse domingo encrustado
E
essa sala escura
Essa
zoada da rua
O
avião que passa
E
o passo não dado.
Carlos Galdino
Poeta,radialista,fotografo
Autor de achados e perdidos e outras poesias
Muito bom como tudo que você
ResponderExcluirfaz. Você é muito bom no que faz. Gostei.