com as pedras que
me atiraste
não construí um castelo
não sou poeta
guardei-as nos bolsos
um dia fui à praia
sentei-me na areia
e uma a uma
atirei-as ao mar
com os olhos secos
vi-as uma a uma
a afundar
antes elas que eu
(torreira; 2016)
https://ahcravo.com/2019/05/05/cronicas-da-xavega-305/
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