quinta-feira, 16 de abril de 2020

o poema





colhe de madrugada
as mais límpidas palavras
orvalhadas de sonho

no côncavo das mãos
sente-as crescer
sente-as

depois ergue os braços
entrega-as
à brisa da manhã

não importa se as conheces
sequer se as amas
liberta-as

serão elas o poema
que nunca escreveste

(torreira; 2010)

https://ahcravo.com/2020/04/16/cronicas-da-xavega-343/

Nenhum comentário:

Postar um comentário