Recife Nau
Corto as ruas imundas e alagadas do Recife
Trago o peso do mundo nos ombros
Nas mãos livros!
Na boca verso!
Na mente revolta ...
pela infâmia
pela injustiça
Recife com seus prefeitos imperfeitos
Sem corações e sem rins
Recife é um esgoto a céu aberto
Seus livreiros são canalhas
Porcos analfabetos funcionais
Vendem papel
Pensando que são livros
O que entendem de cultura?
E de arte?
Choro as lágrimas invisíveis da tristeza
Tenho fome
Tenho sede
Mas não só de pão
Tenho desejos de ver flores e pássaros
De ver beleza!
E não a podridão desta cidade
Que transforma pessoas em coisas feias de se ver
Ando pelo Recife com desejo
De nunca mais vê-la ...
Trago o peso do mundo nos ombros
Nas mãos livros!
Na boca verso!
Na mente revolta ...
pela infâmia
pela injustiça
Recife com seus prefeitos imperfeitos
Sem corações e sem rins
Recife é um esgoto a céu aberto
Seus livreiros são canalhas
Porcos analfabetos funcionais
Vendem papel
Pensando que são livros
O que entendem de cultura?
E de arte?
Choro as lágrimas invisíveis da tristeza
Tenho fome
Tenho sede
Mas não só de pão
Tenho desejos de ver flores e pássaros
De ver beleza!
E não a podridão desta cidade
Que transforma pessoas em coisas feias de se ver
Ando pelo Recife com desejo
De nunca mais vê-la ...
-MIGUEL VIEIRA-
" Num dia de Sol, Recife acordou
Com a mesma fedentina do dia anterior. "
Com a mesma fedentina do dia anterior. "
CONVITE PARA VIAJAR
ResponderExcluirQuinze horas na cidade
Meio dia para quem come
Passando por Santo Amaro
Escuta-se: cola só na ponte!
Cola só na ponte!
Pensamos em muitos ambulantes
Convida-se para a ponte
Pontes de renome
Falo dos grandes homens
São os que não comem...
Não os que nomeiam as pontes!
E percebem-se grandes viagens na passagem
Cola versus almoço
Grandes nomes
Em curtas pontes...
É triste, é corrente a invisibilidade dos que colam, diariamente, na ponte.
Importantes presenças!
Alguns elefantes, nunca passam
Pelos ferros quadrados da ponte
Para não serem enquadrados na foz...
Não andam sós
Convite de menor
Menor influência
Menor delinquência
Os menores estão colados no chão da ponte
E viajam na ponte
Com a própria ponte
Finita ponte!
GUILHERME DE ANDRADE