o marnoto persegue o manuel da silva
os moliceiros têm vela (20)
sabe-te
na concha das mãos
coisa pouca
quanto baste para
matar a sede
não tem dono a água
deu-a a rocha
e quedou-se silenciosa
os nomes são letras
mãos dadas
palavras
na concha das mãos
um barco
oferta de um tempo
de ninguém
porque de todos
ilusão o seres dono
tão breve é o seres aqui
depositário apenas
da memória comum
sabe-te saberás
(ria de aveiro; regata da ria; junho, 2014)
https://ahcravo.wordpress.com/2014/12/27/os-moliceiros-tem-vela-20/
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