o amarrar da manga
crónicas da xávega (146)
até um dia
não têm rosto
a voz deram-na a outros
para que por eles
são o silêncio
o murmúrio
a resignação
falam com eles
quando lhes querem
pedir a voz
não lhes dizem que
roubada será
esquecem-nos depois
falam deles
não por eles muito menos
para eles
têm no rosto escrita
a vida
até um dia
serão apenas
o país profundo
até um dia
(torreira; companha do marco; 2013)
o ti augusto amarra a manga logo a seguir ao calão, para que passe no alador
http://ahcravo.com/2016/03/28/cronicas-da-xavega-146/
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