“A poesia de Jefferson Bessa é difícil e bela como a existência, ou a sobrevivência, o viver entre as paredes descascadas do próprio quarto feito prisão, ou no mar que nada tem a dizer (pois é urbano)”, as palavras de Rogel Samuel para o e-book Nos Úmidos Planos das Mãos de Bessa dão um indicativo do que um leitor exigente pode esperar. Desde de 2009 o autor vem divulgando seu trabalho no blog: http://jeffersonbessa.blogspot.com.br/.
CHUVA
Quando em verso digo chuva
Fala-se da única
Ao largo de outras chuvas
Faz-se ela não de água
Mas de som chiado
Na enxurrada de agora
De chuva que é voz
Porque já não a faço dizer
Com (funde-se) ao verso
Então comigo murmura:
Chuva
(Jefferson Bessa)
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