mãos de mar (3)
mãos de dar
não
não me arrependo
de serem de dar as mãos
que me deram
nos cotos
dos braços que me levaram
outras mãos nasceram
para continuarem a dar
haverá amargura
por dentro dos dias agora
mas brilha nos olhos
o sol de sempre
o tempo
que nunca caberá nas mãos
é oferta impossível
usaram-no mal
(torreira; 2016)
https://ahcravo.com/2016/11/15/maos-de-mar-3/
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